top of page

CONSUMIDOR AUTOR

Diferente da ideia de que o mercado decide o consumo e manipula o consumidor a compra-lo, hoje, o pensamento existente é outro: é o consumidor que dita o mercado. 
Altamente informado, socialmente conectado, sensível e muito mais seguro, o consumidor-autor exerce um papel muito importante na troca do comércio, o papel de reinventar e reformular seus próprios bens de consumo, criando não só uma imagem única de si mesmo, como também alterando e influenciando tudo que o rodeia, principalmente as marcas que consome.


Tibor Scitovsky, em seu livro 'The Joyless Economy' (1976) destacou a teoria que diferenciava bens de conforto e bens de criatividade, aonde os bens de conforto são aqueles que nos oferecem estímulos imediatos, sensações prazerosas de curto prazo e os bens criatividade são relacionais, culturais, estimulantes com tendência a durar a longo prazo. O que o novo consumidor procura agora é a ideia da junção desses dois tipos de bens em um só.  
 

O neoconsumidor não está mais a procura de bens materiais para satisfação pessoal instantânea, ele aparece agora como um solicitante de conforto psíquico, de harmonia interior e de desdobramento subjetivo. O materialismo da primeira sociedade de consumo saiu de moda. O que está em vigor agora é o mercado da alma e da sua transformação, do equilíbrio da auto-estima e da busca por experiências fugazes e de movimentos incessantes.
 

Lipovetsky coloca ainda os cuidados e exigências com a saúde e o corpo, assim como os dispêndios com lazer, que tem despontado nos últimos tempos como prova de um tipo de consumo hedonista despreocupado com as insígnias distintivas e muito mais preocupado consigo mesmo, com o “prazer da experiência pela experiência” (p 63).

Situação marcada pelo florescimento das técnicas derivadas do desenvolvimento pessoal bem como pelo sucesso das sabedorias orientais, das novas espiritualidades, dos guias da felicidade e da sabedoria, o que nos leva a um público completamente dono de si e, consequentemente, dono de sua própria ideologia. 

O NOVO PROTAGONISTA DO MERCADO

​

"AQUELE QUE POSSUI A INOVAÇÃO NO SANGUE E NÃO NO CÉREBRO".

​

Francesco Morae 
(Consumo Autoral, 2012 - p. 9)

"Como se vê, trata-se de um conjunto de valores e comportamentos que implicam grande lucidez e muita decisão, que exige uma precisa capacidade de escolher mesmo à custa de erro, o que hoje as empresas tendem a evitar, enquanto o consumidor autor aprendeu a lição, se transformando numa verdadeira empresa criativa. "  

(Morace, 2012, p.18).

OS CINCO PILARES DA TERCEIRA RENASCENÇA:

Percepção Virtuosa, tem a ver e os materiais, os detalhes e com os novos critérios de avaliação da experiência. 

Memória Visionária, a capacidade da memória e a vocação são decisivas quando se medem uma com a outra.

Criatividade Pública, transferência da criatividade de um projeto da dimensão privada à pública.

Emoção Sustentável, a sustentabilidade vivida em termos emocionais e não ideológicos.

O Senso do Corpo e da Beleza, a procura renovada da ‘seção áurea’ aliada a questões de bem estar.

bottom of page