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slow fashion

A MODA SUSTENTÁVEL

QUEM FAZ MINHAS ROUPAS?

Desde o fim do século passado a essência do fast fashion vem se desgastando e a efemeridade na moda está sendo questionada.
    O slow fashion é um movimento antagônico a linha de pensamento vigente que trabalha com a busca incessante e vertiginosa por novas tendências no mercado global e no qual tudo é facilmente descartável em detrimento dos impactos ambientais e sociais, que foi criado pela inglesa Kate Fletcher, professora inglesa de design sustentável em Londres e inspirado no slow food.
Nessa moda lenta, as marcas põem em prática uma filosofia de vida, produzindo peças que unam algumas tendências, mas principalmente criam um produto que conversa com a personalidade de seu público alvo, com peças atuais, mas atemporais para aquele indivíduo. 
    Produzem em menor escala, agridem menos o meio ambiente, utilizam economia local, o pequeno produtor, tecido de melhor qualidade, constantemente feitos de fibra natural, que demoram menos tempo para serem decompostos pelo meio ambiente caso sejam jogadas fora. Isso torna a produção não tão problemática para a questão do posterior descarte quanto produzir toneladas de tecidos de poliéster que demoram muito para se decompor como fazem as lojas da linha fast.
    Como discorre Miranda (2014), pilares importantes desse conceito são também a valorização dos métodos tradicionais de fabricação, como técnicas de tingimento natural, respeitando a cultura e o cuidado com todo o processo de produção desde a colheita do que virá a ser o tecido até as condições de trabalho dos indivíduos que vão costurar e finalizar as peças. 
A linha slow enfrenta sempre o desafio de unir tendências atuais com muita personalidade a um estilo atemporal, criando em grande maioria roupas simples. O que tem muito a ver com estilo de vida minimalista e com “armário cápsula”, que consiste em selecionar só itens essenciais de roupa que não se tornam obsoletos com o passar das estações e tendências.

“O sector têxtil pode constituir um negócio lucrativo, mas não pode deixar de planejar os seus objetivos futuros de maneira que respeite cada vez mais os trabalhadores, o meio e os consumidores. ” (REFOSCO; OENNING; NEVES, 2011)

A retomada de valores está em curso, reposicionando o mundo da moda de forma a beneficiar o todo, almejando o resgate dos indivíduos para um meio menos materialista e mais consciente. Estabelecendo de novo o equilíbrio entre o humano, a natureza, a interação entre eles e a sociedade que criamos. Vislumbra-se um futuro mais consciente tanto na moda quanto em todos os outros setores.

“A maneira como nos relacionamos, nossas sombras psicológicas, as escolhas de como nos alimentamos, os esportes que praticamos, música, espiritualidade, meio ambiente… Tudo é cultura, tudo é vida, tudo está mudando. ” (RODRIGUES, 2016).

Afinal se as tendências contemporâneas slow estão todas ligadas, somos o que comemos, mas somos também o que consumimos e o que usamos.

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